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O dólar caia 0,65%, indo a R$ 5,579. O dólar turismo era negociado a R$ 5,82.

O que está acontecendo?

A notícia que leva o Ibovespa a subir a emissão, pelo governo chinês de 2,3 trilhões de yuans (cerca de US$ 325 bilhões). A emissão será feita em novos títulos especiais nos próximos três meses. A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma chinesa também divulgou que pode antecipar 200 bilhões de yuans em projetos de 2025 até o final do mês. Isso quer dizer que o governo vai injetar dinheiro na economia para fortalecer o sistema bancário, consolidar o mercado imobiliário e aliviar a dívida dos governos locais, como parte de um dos maiores pacotes de estímulos dos últimos anos.

O que o governo quer é espantar a prostração econômica chinesa e alcançar a meta de crescimento para este ano de 5%. Com o pacote, o mercado passou a acreditar nessa possibilidade. O Goldman Sachs, por exemplo, divulgou que elevou a previsão do PIB (Produto Interno Bruto) da China este ano de 4,7% para 4,9%. A economia chinesa é importante para o Brasil porque o país é o maior comprador das exportações brasileiras. Com a China comprando mais, entram dólares aqui e isso ajuda a valorizar o real.

Ainda refletindo a situação de marasmo na economia, a inflação na China subiu 0,4% em doze meses até setembro. O total ficou abaixo dos 0,6% esperados pelo mercado financeiro. Mesmo positivo, o índice é tão acanhado que reacende o temor de que a meta do PIB não seja alcançada.

Já os preços ao produtor tiveram queda de 2,8%. Isso quando comparado a igual período de 2023, o que representa uma piora na deflação esperada pelos economistas, que era de 2,5% negativos. Os preços vêm diminuindo (deflação) porque os chineses não estão gastando.

Mas teve notícia ruim também, que segura o ímpeto de subida do Ibovespa: os dados da balança comercial chinesa. As exportações da China subiram 2,4% em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. O dado mostra perda de força em relação ao avanço de 8,7% de agosto. O resultado de setembro ficou abaixo da expectativa, que era de alta de 6% das exportações.

Na parte que mais interessa ao Brasil, as importações chinesas cresceram só 0,3% em setembro em relação ao mesmo mês de 2023. O dado mostra uma perda de ritmo em relação ao aumento de 0,5% de agosto. O mercado esperava avanço de 2%.

Essa baixa impacta diretamente o câmbio brasileiro, agora positivamente. É o que diz Elson Gusmão, diretor de câmbio da Ourominas, empresas de ouro e câmbio. "Nossa moeda tende a reagir de forma exacerbada a esses movimentos, exigindo cautela dos investidores", diz ele.

Petróleo

Outro fator é o petróleo. Os valores estão em queda hoje. A China é a maior compradora de petróleo do mundo. Com a deflação, o petróleo caía cerca de 2%, diante das preocupações com a estagnação chinesa.

No Brasil

O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado o PIB do Banco Central, teve avanço de 0,2% em agosto. Isso na comparação com julho. A expectativa do mercado era de estabilidade.

Mais juros?

O crescimento é um indicativo positivo da recuperação econômica no Brasil. É o que diz Jefferson Laatus, chefe-estrategista do grupo Laatus. "No entanto, essa expansão precisa ser acompanhada com cautela, pois pode pressionar a inflação, levando o Banco Central a adotar uma postura mais rígida na política monetária", acrescenta ele.

Feriado nos EUA

Nos Estados Unidos, é feriado de Columbus Day. Com isso, as movimentações de aplicações no Tesouro Americano estão fechadas. Mas as Bolsas funcionam.