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20/09/2024 - Como saber quanto você precisa de renda para financiar sua casa própria

Comprar a casa própria exige estudo e planejamento. Para quem vai financiar a compra, o cuidado precisa ser redobrado, afinal, é a dívida mais longa da família. É crucial calcular a renda necessária para garantir a aprovação do crédito e assegurar que o financiamento se encaixe no orçamento. O ideal é que esse calculo ocorra antes da escolha do imóvel.

"Raramente os consumidores chegam a plantões de vendas sabendo o quanto podem financiar. Isso é muito raro. As empresas, sejam incorporadoras ou imobiliárias, têm planilhas que facilitam o cálculo para o consumidor com base no X da entrada e Y de parcelas. Essas simulações ajudam na decisão de compra do consumidor", afirma Fábio Tadeu Araújo, CEO na Brain Inteligência Estratégica.

O diretor de crédito imobiliário da Loft, Talles Dantas, afirma ser um padrão de comportamento brasileiro o comprador analisar detalhes do financiamento mais no final da transação do que no início. O que, muitas vezes, causa maior estresse na jornada de compra e frustrações com negativas de crédito.

Já nos Estados Unidos, segundo ele, o cliente geralmente vai primeiro ao banco, entende o poder de compra dele, para depois procurar o imóvel.

A regra geral é que o valor da parcela do financiamento não deve comprometer mais do que de 30% a 35% da renda mensal bruta do comprador ou da família. Isso garante capacidade financeira para arcar com as parcelas sem comprometer demais o orçamento.

É preciso ainda considerar outros custos relacionados à aquisição do imóvel, como taxas de escritura, ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis), seguros e despesas com manutenção e condomínio.

"Quem paga aluguel já tem uma base muito boa para saber quanto pode pagar de parcela, porque já está no orçamento. Agora, se não paga aluguel e vai passar a ter esse compromisso, a pessoa tem que estudar muito bem a renda dela e os comprometimentos financeiros para não entrar numa enrascada e acabar perdendo esse imóvel", afirma o especialista em crédito imobiliário Murilo Arjona.

A saída para saber quanto poderá investir na compra do imóvel é fazer simulações de pagamento. Todos os bancos que oferecem crédito imobiliário têm simuladores, assim como muitas construtoras e imobiliárias.

A ferramenta fica disponível online e, geralmente, é gratuita. Por meio das simulações, é possível ter uma estimativa do valor das parcelas do financiamento, considerando o valor do imóvel, o da entrada, o prazo do financiamento e a taxa de juros.

"No próprio anúncio do imóvel publicado no Quintoandar os clientes podem fazer uma simulação de financiamento em que, a partir do valor do imóvel, ele inclui em quanto tempo gostaria de quitá-lo e quanto está disposto a dar de entrada", diz Eduardo Alves, head comercial da plataforma de venda e aluguel de imóveis.

A entrada geralmente corresponde a, pelo menos, 20% do valor total, mas pode variar conforme o contrato e a instituição financeira. Quanto maior o valor da entrada, menor será o valor das parcelas e, consequentemente, menor será a renda necessária para garantir o financiamento.

Depois de simular opções de financiamento, o futuro comprador pode ir ao banco que lhe oferecer melhores vantagens para pedir a aprovação do crédito. A instituição financeira vai avaliar o histórico de crédito, comprovantes de renda e estabilidade no emprego. Se tudo der certo, irá conceder uma carta de crédito.

Ter o documento dá ao comprador maior capacidade de negociação com o vendedor, já que comprova que ele tem o crédito aprovado junto ao banco. Para o vendedor do imóvel, é uma garantia sólida de que ele receberá o valor da transação.

"Pode, e até recomendo, pegar carta de crédito com mais de uma instituição para entender qual é a tabela que fará mais sentido para você", afirma Dantas.

COMO SIMULAR UM FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO

Primeiro, calcule o quanto poderá pagar de entrada, que normalmente varia entre 20% e 30% do valor do imóvel. Então, determine o valor total da casa ou apartamento que você pode adquirir.

Por exemplo, se tiver R$ 100 mil para dar de entrada, isso significa que poderá financiar um imóvel de valor entre R$ 300 mil e R$ 500 mil, aproximadamente.

Também é importante escolher o prazo do financiamento, que pode ser de até 35 anos, e pesquisar a taxa de juros atual oferecida pelas instituições financeiras para o tipo de financiamento que você pretende. Hoje, a taxa média praticada para financiamento imobiliário é de 10%.

Com esses dados, preencha o simulador do banco, da corretora ou da imobiliária.

O simulador vai mostrar o valor aproximado das parcelas mensais do financiamento. Alguns simuladores oferecem uma tabela detalhada mostrando a divisão das parcelas entre amortização e juros ao longo do tempo. Confira também o valor total a ser pago ao longo do financiamento, incluindo juros e taxas.

Os especialistas em crédito imobiliário recomendam simular diferentes cenários —como outro valor de entrada, mais ou menos prazo— para comparar em qual alternativa e instituição o financiamento é mais vantajoso.

FERRAMENTA MOSTRA DISPARIDADE DE RENDA NECESSÁRIA PARA FINANCIAR

Segundo a Loft, para obter um financiamento para comprar um imóvel na Vila Andrade —bairro com mais transações neste ano na cidade—, considerando o preço médio dos imóveis e as condições bancárias atuais, é preciso ter uma renda mensal de R$ 23,3 mil.

Nesse caso, seria necessário desembolsar R$ 6.500 para a primeira parcela do financiamento.

Já no Jardim Europa, onde o preço médio dos imóveis vendidos neste ano é de R$ 7,8 milhões, o comprador precisaria de renda média de R$ 240,4 mil, pagando parcela inicial de R$ 67,4 mil.

Os dados foram obtidos pela ferramenta de simulação da Loft que considera o preço médio dos imóveis negociados entre janeiro e julho deste ano, segundo base oficial da Prefeitura de São Paulo (o ITBI).

Ferramenta considera financiamento de 80% do imóvel, com opção de 420 parcelas.

FONTE: UOL

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