28/09/2018 - Por recursos extras, sindicalistas querem reter parte da PLR
O Sindicato dos Comerciários de São Paulo e a UGT (União Geral dos Trabalhadores) têm articulado, nas negociações coletivas, alternativas para custear as entidades. Com a crise após o fim do imposto obrigatório, o presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo e também presidente da UGT, Ricardo Patah, conta que até parte de PLR (participação nos lucros e resultados) pode se reverter em recursos para as entidades. Ao conquistar uma PLR para os trabalhadores, o sindicato poderia solicitar entre 1% e 5% para financiar a entidade. “Temos várias negociações coletivas em debate. A proposta vai evoluir”, diz. Segundo Patah, as propostas são todas legais porque, de acordo com ele, baseiam-se no princípio do negociado sobre o legislado, definido pela reforma. A iniciativa, de acordo com Patah, deve ser aprovada em assembleia pelos trabalhadores. “Se o trabalhador não tem PLR e passa a ter, quem conseguiu foi o sindicato”, afirma ele. Outras pautas também podem incrementar as receitas. Uma grande rede varejista de supermercados, por exemplo, segundo Patah, implementou a jornada 12x36 (quando o empregado trabalha 12 horas e descansa 36) com base em convenção coletiva. “Exigimos a homologação no sindicato”, conta. Com a reforma, a homologação deixou de ser obrigatória na entidade de representação. Dados do Salariômetro da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) mostram que, no ano até agosto, 41% das negociação coletivas celebradas incluíam cláusula de contribuição a sindicato de trabalhadores. A modalidade mais comum (29%) foi a negocial, taxa acertada em assembleia por autorizar o sindicato a conduzir uma negociação.
FONTE:
UOL