24/08/2007 - Mercados: Volatilidade deu o tom dos neg?cios na na quinta-feira; Bovespa fechou com
S?O PAULO - Depois de quatro dias consecutivos de relativa estabilidade, os mercados brasileiros registraram um dia de maior volatilidade nesta quinta-feira. A Bovespa abriu em alta, caiu, mas encerrou o preg?o em territ?rio positivo. Os DIs iniciaram a sess?o apontando queda, subiram com a divulga??o do IPCA-15 acima do estimado e encerram com pouca varia??o. Apenas o d?lar teve trajet?ria consistente, operando em baixa durante toda a sess?o.
As bolsas internacionais abriram em alta refletindo a inje??o de US$ 2 bilh?es pelo Bank of America na Countrywide Financial, maior financeira hipotec?rio dos EUA. No decorrer da sess?o as preocupa??es com o cr?dito voltaram a pesar, depois que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) e o Banco Central Europeu (BCE) tiveram que liberar recursos para os bancos por meio de opera??es de redesconto.
Depois de acumular alta de 7,76% em quatro dias, a Bovespa ensaiou um movimento de realiza??o, chegando a cair 1,2%. No final da tarde, a ag?ncia de classifica??o de risco Moody?s elevou as notas do pa?s, estimulando uma leve retomada. O Ibovespa fechou a sess?o com valoriza??o de 0,20%, aos 51.848 pontos, com giro financeiro em R$ 4,66 bilh?es.
A Moody?s elevou o rating dos t?tulos do governo em moeda estrangeira e moeda local de Ba2 para Ba1. O teto soberano para os t?tulos em moeda estrangeira passou para " Baa3/P-3 " , que indica grau de investimento (investment grade) na escala da empresa.
A movimento indica que as emiss?es de longo prazo em moeda estrangeira passam a ter classifica??o de grau de investimento, mas as emiss?es de curto prazo seguem em grau especulativo. O movimento reflete o continuo crescimento das reservas externas do pa?s " que propicia um colch?o financeiro e deve servir como defesa contra choques externos, que poderiam se materializar na eventualidade de um ciclo adverso de eventos atingir a economia brasileira " , disse Mauro Leos, analista s?nior da Moody ? s, por meio de comunicado.
O d?lar voltou a romper a barreira dos R$ 2 que vinha sendo respeitada desde o dia 15 de agosto. A moeda norte-americana encerrou com decr?scimo de 1,09%, a R$ 1,989 na compra e R$ 1,991 na venda.
Os DIs mais curtos refletiram a eleva??o de 0,42% registrada pelo IPCA-15 em agosto. O resultado superou a infla??o de 0,24% observada em julho e ficou acima do consenso de 0,30%. Os contratos mais longos, como janeiro de 2009, seguem devolvendo o pr?mio de risco embutido durante as ?ltimas semanas.
No call de fechamento, o contrato de DI para setembro marcou 11,38% anuais, leve baixa de 0,01 ponto percentual. O ativo para janeiro de 2008, projetou 11,26% anuais, com decr?scimo de 0,02 ponto percentual. Abril do pr?ximo ano recuou 0,06 ponto, a 11,36% ao ano. A taxa para janeiro de 2009, a mais l?quida hoje, indicou 11,74% anuais, com recuo de 0,16 ponto, na m?nima do dia chegou a registrar 11,71%. Janeiro de 2010 registrou 12,08% ao ano, com redu??o de 0,14 ponto.
At? as 16h15, antes do ajuste final de posi??es, foram negociados 9788.830 contratos, equivalentes a R$ 83,18 bilh?es (US$ 41,23 bilh?es). O vencimento de janeiro de 2009 foi o mais negociado ontem, com 325.075 contratos registrados, equivalentes a R$ 27,97 bilh?es (US$ 13,87 bilh?es).
FONTE:
Valor Online