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12/12/2024 - Produção de combustível de aviação sustentável será menor que o previsto

A produção de combustível de aviação sustentável irá representar 0,3% da produção global de combustível de aviação e 11% do combustível renovável global, apesar do volume produzido ter dobrado esse ano, segundo dados da Associação do Transporte Aéreo Internacional (IATA).

As estimativas estão abaixo das previsões anteriores, que indicavamo triplo da produção de 2023, com 1,5 milhão de toneladas (1,9 bilhão de litros). O ajuste ocorreu porque as principais instalações de produção nos Estados Unidos adiaram suas operações para o primeiro semestre de 2025.

Para 2025, a produção projetada é de 2,1 milhões de toneladas (2,7 bilhões de litros), correspondendo a 0,7% da produção total de combustível de aviação e 13% da capacidade global de combustível renovável.

 “Os volumes de SAF estão aumentando, mas de forma muito lenta. Os governos sinalizam decisões contraditórias para as empresas petrolíferas, que continuam recebendo subsídios para a exploração e produção de combustíveis fósseis. As empresas aéreas estão ansiosas para comprar SAF, e há lucro para investidores e empresas que veem o futuro da descarbonização no longo prazo", disse Willie Walsh, diretor-geral da IATA.

Segundo a IATA, a descarbonização da aviação deve ser parte da transição energética global. Para atingir a meta de zero emissão líquida de CO2 até 2050, o órgão estima que serão necessárias entre 3.000 e 6.500 novas usinas de combustível renovável. O investimento médio anual necessário para construir essas instalações é de cerca de US$ 128 bilhões (R$ 763 bilhões), valor inferior aos investimentos anuais nos mercados de energia solar e eólica, que somaram US$ 280 bilhões (R$ 1,67 bilhão) entre 2004 e 2022. 

Uma pesquisa recente feita pela própria IATA revelou que 86% dos viajantes acreditam que os governos devem fornecer incentivos para aumentar a produção de SAF. Outro dado aponta que 86% dos entrevistados consideram o fornecimento de SAF uma prioridade para as empresas petrolíferas.

 

FONTE: UOL

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