ENTIDADES SEM FINALIDADE DE LUCROS
Aspectos Contábeis

Sumário

1. INTRODUÇÃO

Por meio da Resolução CFC nº 1.409/2012 (DOU 1 de 27.09.2012) foi aprovado a Interpretação ITG 2002, que estabelece critérios e procedimentos específicos de avaliação, de reconhecimento das transações e variações patrimoniais, de estruturação das demonstrações contábeis e as informações mínimas a serem divulgadas em notas explicativas de entidade sem finalidade de lucros.

A Resolução CFC nº 1.409/2012 entra em vigor na data de sua publicação, aplicando-se aos exercícios iniciados a partir de 1º de janeiro de 2012.

Destina-se, também, a orientar o atendimento às exigências legais sobre procedimentos contábeis a serem cumpridos pelas pessoas jurídicas de direito privado sem finalidade de lucros, especialmente entidades beneficentes de assistência social (Lei Orgânica da Seguridade Social), para emissão do Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos, da competência do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS).

2. CONCEITO

As entidades sem finalidade de lucro são aquelas em que o resultado positivo não é destinado aos detentores do patrimônio líquido e o lucro ou prejuízo são denominados, respectivamente, de superávit ou déficit.

As entidades sem finalidade de lucros exercem atividades, tais como as de assistência social, saúde, educação, técnico-científica, esportiva, religiosa, política, cultural, beneficente, social e outras, administrando pessoas, coisas, fatos e interesses coexistentes, e coordenados em torno de um patrimônio com finalidade comum ou comunitária.

A entidade sem finalidade de lucros pode ser constituída sob a natureza jurídica de fundação de direito privado, associação, organização social, organização religiosa, partido político e entidade sindical.

3. REGRAS APLICÁVEIS

Aplicam-se à entidade sem finalidade de lucros os Princípios de Contabilidade e as normas deste trabalho, bem como as Normas Brasileiras de Contabilidade e suas Interpretações Técnicas e Comunicados Técnicos, editados pelo Conselho Federal de Contabilidade. Aplica-se também a NBC TG 1000 – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas (IFRS completas) naqueles aspectos não abordados por este trabalho.

Para efeito de uniformidade e de bom entendimento, deve-se sempre que possível utilizar as terminologias encontradas na contabilidade empresarial. Isso costuma facilitar o entendimento das pessoas que já estão acostumadas à forma e ao linguajar da vida nas empresas em geral.

3.1 - Regime de Competência

Para os custos, despesas, obrigações e riscos, deve-se definitivamente utilizar os mesmos critérios utilizados na contabilidade empresarial. Cada custo e despesa deve ser apropriado no momento de sua ocorrência, em função do seu fato gerador contábil e não em decorrência do seu reflexo nas disponibilidades.

Assim sendo, devem ser devidamente provisionados os salários e encargos, férias e 13º salário, os créditos incobráveis, as depreciações e amortizações devidamente lançados, os juros a pagar, etc. Devem também ser apropriados os pagamentos antecipados em função da competência, como os seguros, as assinaturas, os aluguéis, etc.

No tocante às receitas devem ser registradas à medida que os serviços produzidos são prestados, ou seja, entregues a terceiros. As receitas de aplicações financeiras também serão apropriadas em função do seu ganho econômico (competência) e não apenas quando do recebimento.

Em relação às receitas oriundas de mensalidade, doações, contribuições e outras formas de captação de recursos, se esses valores representam um direito efetivo de recebimento, a entidade deve todo mês lançar no seu ativo o valor relativo ao período e apropriá-lo em receita. Todavia, o normal nessas instituições é ocorrer muita oscilação nesses recebimentos e os dados anteriores não permitirem a adoção de qualquer base de cálculo dos valores recuperáveis, não restando outra alternativa senão a de fazer as apropriações dessas receitas à base do regime de caixa.

4. REGISTROS CONTÁBEIS

As receitas e despesas devem ser reconhecidas, mensalmente, respeitando os Princípios de Contabilidade, em especial os Princípios da Oportunidade e da Competência, observado o seguinte:

a) as doações e subvenções recebidas para custeio e investimento devem ser reconhecidas no resultado, observado o disposto na NBC TG 07 – Subvenção e Assistência Governamentais;

b) os registros contábeis devem evidenciar as contas de receitas e despesas, com e sem gratuidade, superávit ou déficit, de forma segregada, identificáveis por tipo de atividade, tais como educação, saúde, assistência social e demais atividades;

c) enquanto não atendidos os requisitos para reconhecimento no resultado, a contrapartida da subvenção, de contribuição para custeio e investimento, bem como de isenção e incentivo fiscal registrados no ativo, deve ser em conta específica do passivo;

d) as receitas decorrentes de doação, contribuição, convênio, parceria, auxílio e subvenção por meio de convênio, editais, contratos, termos de parceira e outros instrumentos, para aplicação específica, mediante constituição, ou não, de fundos, e as respectivas despesas devem ser registradas em contas próprias, inclusive as patrimoniais, segregadas das demais contas da entidade;

e) os benefícios concedidos pela entidade sem finalidade de lucros a título de gratuidade devem ser reconhecidos de forma segregada, destacando-se aqueles que devem ser utilizados em prestações de contas nos órgãos governamentais;

f) a entidade sem finalidade de lucros deve constituir provisão em montante suficiente para cobrir as perdas esperadas sobre créditos a receber, com base em estimativa de seus prováveis valores de realização e baixar os valores prescritos, incobráveis e anistiados;

g) o valor do superávit ou déficit deve ser incorporado ao Patrimônio Social. O superávit, ou parte de que tenha restrição para aplicação, deve ser reconhecido em conta específica do Patrimônio Líquido;

h) o benefício concedido como gratuidade por meio da prestação de serviços deve ser reconhecido pelo valor efetivamente praticado;

i) os registros contábeis devem ser segregados de forma que permitam a apuração das informações para prestação de contas exigidas por entidades governamentais, aportadores, reguladores e usuários em geral;

j) a dotação inicial disponibilizada pelo instituidor/fundador em ativo monetário ou não monetário, no caso das fundações, é considerada doação patrimonial e reconhecida em conta do patrimônio social;

k) o trabalho voluntário deve ser reconhecido pelo valor justo da prestação do serviço como se tivesse ocorrido o desembolso financeiro;

l) aplica-se aos ativos não monetários a Seção 27 da NBC TG 1000, que trata da redução ao valor recuperável de ativos e a NBC TG 01, quando aplicável;

m) na adoção inicial desta Interpretação e da NBC TG 1000 ou das normas completas (IFRS completas), a entidade pode adotar os procedimentos do custo atribuído (deemed cost) de que trata a ITG 10.

4.1 - Depreciação, Amortização e Exaustão

Pelo fato dessas entidades não estarem sujeitas às limitações fiscais, previstas pela legislação do Imposto de Renda, para a apropriação dos encargos de depreciação, amortização ou/e exaustão, devem então, com base em laudo de empresas ou profissionais especializados, fixar percentuais e demais critérios para uma boa medição da vida útil de seus ativos e desses encargos.

5. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

As demonstrações contábeis, que devem ser elaboradas pela entidade sem finalidade de lucros, são o Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Período, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e as Notas Explicativas, conforme previsto na NBC TG 26 ou na Seção 3 da NBC TG 1000, quando aplicável.

5.1 - Balanço Patrimonial

Para elaboração do balanço patrimonial, poderá ser utilizada a mesma classificação da Lei das S/A, substituindo-se a conta “Capital” por “Patrimônio Social”, integrante do grupo “Patrimônio Líquido”, e a conta “Lucros” ou “Prejuízos” por “Superávit ou Déficit do período”.

5.2 - Demonstração do Resultado do Período

Nas entidades sem finalidade de lucro na demonstração do resultado do período pode ser alterada para Demonstração do Superávit ou Déficit do período. Na Demonstração do Resultado do Período, devem ser destacadas as informações de gratuidade concedidas e serviços voluntários obtidos, e divulgadas em notas explicativas por tipo de atividade.

5.3 - Demonstração Das Mutações do Patrimônio

Essa demonstração poderá ser utilizada substituindo-se o termo patrimônio líquido pelo termo patrimônio social, para explicar detalhadamente a diferença entre o patrimônio inicial e final.

5.4 - Demonstração Dos Fluxos de Caixa

Na Demonstração dos Fluxos de Caixa, as doações devem ser classificadas nos fluxos das atividades operacionais.

5.5 – Contas de Compensação

Sem prejuízo das informações econômicas divulgadas nas demonstrações contábeis, a entidade pode controlar em conta de compensação transações referentes a isenções, gratuidades e outras informações para a melhor evidenciação contábil.

5.6 - Notas Explicativas

As demonstrações contábeis devem ser complementadas por notas explicativas que contenham, pelo menos, as seguintes informações:

a) contexto operacional da entidade, incluindo a natureza social e econômica e os objetivos sociais;

b) os critérios de apuração da receita e da despesa, especialmente com gratuidade, doação, subvenção, contribuição e aplicação de recursos;

c) a renúncia fiscal relacionada com a atividade deve ser evidenciada nas demonstrações contábeis como se a obrigação devida fosse;

d) as subvenções recebidas pela entidade, a aplicação dos recursos e as responsabilidades decorrentes dessas subvenções;

e) os recursos de aplicação restrita e as responsabilidades decorrentes de tais recursos;

f) os recursos sujeitos a restrição ou vinculação por parte do doador;

g) eventos subsequentes à data do encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da entidade;

h) as taxas de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações em longo prazo;

i) informações sobre os seguros contratados;

j) a entidade educacional de ensino superior deve evidenciar a adequação da receita com a despesa de pessoal, segundo parâmetros estabelecidos pela Lei das Diretrizes e Bases da Educação e sua regulamentação;

k) os critérios e procedimentos do registro contábil de depreciação, amortização e exaustão do ativo imobilizado, devendo ser observado a obrigatoriedade do reconhecimento com base em estimativa de sua vida útil;

m) segregar os atendimentos com recursos próprios dos demais atendimentos realizados pela entidade;

n) todas as gratuidades praticadas devem ser registradas de forma segregada, destacando aquelas que devem ser utilizadas na prestação de contas nos órgãos governamentais, apresentando dados quantitativos, ou seja, valores dos benefícios, número de atendidos, número de atendimentos, número de bolsistas com valores e percentuais representativos;

o) a entidade deve demonstrar, comparativamente, o custo e o valor reconhecido quando este valor não cobrir os custos dos serviços prestados.

6. PLANO DE CONTAS - MODELO

Reproduzimos abaixo um modelo de plano de contas aplicável às entidades sindicais, associações e clubes, observando que cada profissional deverá proceder às adaptações necessárias, para que o mesmo satisfaça às exigências específicas de cada entidade.

1. ATIVO
1.1. ATIVO CIRCULANTE
1.1.1.1 Disponibilidades
1.1.1.1.1 Caixa
1.1.1.1.2. Bancos c/ Movimento
1.1.1.1.3. Aplicações Financeiras
1.1.1.2. Créditos de atividades sociais/lazer
1.1.1.2.1. Mensalidades
1.1.1.2.2. Promoções
1.1.1.2.3. Bingos
1.1.1.3. Almoxarifado
1.1.1.3.1. Material de escritório
1.1.1.3.2. Material de limpeza
1.1.1.3.3. Material esportivo
1.1.1.3.4. Medicamentos
1.1.1.4. Adiantamentos a Funcionários
1.1.1.4.1. Adiantamento p/ Viagens
1.1.1.4.2. Adiantamento p/ Despesas
1.1.1.4.3. Adiantamento de Salários
1.1.1.4.4. Adiantamento de 13º Salário
1.1.1.4.5. Adiantamento de Férias
1.1.1.5. Adiantamentos a Terceiros
1.1.1.6. Impostos e Contribuições a Recuperar
1.1.1.6.1. COFINS a Recuperar
1.1.1.6.2. PIS a Recuperar
1.1.1.6.2. CSLL a Recuperar
1.1.1.7. Despesas a Apropriar
1.1.1.7.1. Prêmios de Seguros
1.1.1.7.2. Encargos Financeiros
1.1.1.7.3. Assinaturas de Publicações
1.1.1.7.4. Aluguéis e Arrendamentos
1.2. ATIVO NÃO-CIRCULANTE
1.2.1. ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
1.2.1.1. Títulos a Receber
1.2.1.1.1. Créditos c/ Associados
1.2.1.1.2. Créditos c/ Diretores
1.2.1.2. Depósitos judiciais
1.2.2. INVESTIMENTOS
1.2.2.1. Participações Societárias
1.2.3. IMOBILIZADO
1.2.3.1. Imóveis
1.2.3.2. Móveis e Utensílios
1.2.3.3. Veículos
1.2.3.4. Máquinas e Equipamentos
1.2.3.5. Recursos Naturais
1.2.3.5.1. Florestas
1.2.3.6. Quadro de atletas
1.2.3.6.1. Atletas profissionais
1.2.3.6.2. Atletas amadores

1.2.3.7. (-) Depreciação, Amortização e Exaustão Acumuladas
1.2.3.7.1. (-) Depreciação Acumulada de Móveis e utensílios
1.2.4. INTANGÍVEL
1.2.4.1. Marcas, Fundo de Comércio, Softwares
1.2.4.1.1. Marcas e Patentes
1.2.4.1.2. Fundo de Comércio
1.2.4.2. (-) Amortização Acumulada
2. PASSIVO
2.1. PASSIVO CIRCULANTE
2.1.1.1. Empréstimos e Financiamentos
2.1.1.2. Fornecedores
2.1.1.3. Impostos e Contribuições a Recolher
2.1.1.3.1. PIS
2.1.1.3.2. CSLL
2.1.1.3.3. COFINS
2.1.1.3.4. IRRF
2.1.1.3.5. INSS
2.1.1.3.6. FGTS
2.1.1.3.7. Contribuição Sindical
2.1.1.4. Contas a Pagar
2.1.1.4.1. Salários
2.1.1.4.2. Honorários
2.1.1.4.3. Fretes e Carretos
2.1.1.4.4. Gratificações
2.1.1.4.5. Aluguéis
2.1.1.4.6. Energia Elétrica
2.1.1.4.7. Telefone
2.1.1.4.8. Água e Esgoto
2.1.1.4.9. Seguros
2.1.1.5. Provisões
2.1.1.5.1. Provisão p/ Férias
2.1.1.5.2. Provisão p/ 13º Salário
2.2. PASSIVO NÃO-CIRCULANTE
2.2.1. PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
2.2.1.1. Obrigações com Terceiros
2.2.1.2. Tributos parcelados
2.3. PATRIMÔNIO SOCIAL
2.3.1. Fundo patrimonial
2.3.2. Outras Reservas
2.3.4. Ajustes de Avaliação Patrimonial
2.3.5. Superávits ou Déficits Acumulados

I - sugerimos abaixo um elenco de contas de resultado para a atividade sindical e associações:

3. RECEITAS
3.1. Mensalidades e contribuições
3.1.1. Mensalidades de associados
3.1.2. Contribuições sindicais e assistenciais
3.2. Doações
3.3. Promoções
3.4. Cursos e palestras
3.5. Outras Receitas
3.5.1. Variações Monetárias Ativas
3.5.2. Juros ativos
3.5.3. Depósitos Judiciais
3.5.4. Recuperação de despesas
3.6. Receitas patrimoniais
3.6.1. Aluguéis e Arrendamentos
3.6.2. Participações em eventos
3.7. Receitas extraordinárias
3.7.1. Vendas de bens patrimoniais
4. CUSTOS E DESPESAS
4.1. Custos
4.1.1. Organização de cursos e palestras
4.1.2. Assistência social
4.1.3. Anúncios e publicações
4.1.4. Outros custos
4.2. Despesas de Pessoal
4.2.1. Honorários de Diretores
4.2.2. Ordenados e Salários
4.2.3. Prêmios e Gratificações
4.2.4. Férias
4.2.5. 13º Salário
4.2.6. INSS
4.2.7. FGTS
4.2.8. Assistência Médica
4.2.9. Viagens e Representações
4.2.10. Transporte de Empregados
4.2.11. Programa de Alimentação do Trabalhador
4.2.12. (-) Recuperações
4.3. Despesas administrativas
4.3.1. Combustíveis
4.3.2. Manutenção de Veículos
4.3.3. Propaganda e Publicidade
4.3.4. Brindes
4.3.5. Depreciações e Amortizações
4.3.6. Aluguéis
4.3.7. Despesas Legais e Judiciais
4.3.8. Serviços de Terceiros
4.3.9. Cursos, eventos e promoções
4.3.10. Auxílios e doações
4.4. Despesas Tributárias
4.4.1. IPTU
4.4.2. IPVA
4.4.3. Tributos e Contribuições
4.4.4. Multas Fiscais
4.4.5. Juros s/ Tributos e Contribuições
4.5. Utilidades e Serviços
4.5.1. Luz
4.5.2. Água e Esgoto
4.5.3. Telefone
4.5.4. Seguros
4.5.5. Materiais e Suprimentos
4.5.6. Material de Escritório
4.5.7. Material de Higiene e Limpeza
4.5.8. Assinatura de jornais e revistas
4.5.9. Manutenção e reparos
4.6. Despesas Financeiras
4.6.1. Variações Monetárias Passivas
4.6.2. Juros Passivos
4.7. Despesas extraordinárias
4.7.1. Custo de bens vendidos
II - sugerimos abaixo um elenco de contas de resultado para um clube esportivo:
3. RECEITAS
3.1. Receitas de atividades esportivas
3.1.1. Rendas de competições
3.1.1.1. Amistosos
3.1.1.2. Campeonato brasileiro
3.1.1.3. Copa Brasil
3.1.1.4. Torneios em geral
3.1.2. Receitas de transmissões esportivas
3.1.2.1. Amistosos
3.1.2.2. Campeonato brasileiro
3.1.2.3. Copa Brasil
3.1.2.4. Torneios em geral
3.1.3. Receitas de transações de atletas
3.1.3.1. Empréstimos de atletas
3.1.4. Outras receitas
3.1.4.1. Ajudas de custo
3.1.4.2. Loteria esportiva
3.2. Receitas de atividades sociais e lazer
3.2.1. Mensalidades de sócios
3.2.2. Bingos
3.2.3. Eventos e promoções
3.2.4. Escolinha de futebol
3.2.5. Natação e hidroginástica
3.2.6. Saunas e piscinas
3.2.4. Recuperação de despesas
3.3. Receitas patrimoniais
3.3.1. Aluguéis de espaços para eventos
3.3.2. Aluguéis de quadras esportivas e campos de futebol
3.3.3. Participações em eventos
3.4. Outras receitas
3.4.1. Exploração da marca do clube
3.4.2. Patrocínios
3.4.3. Subvenções e doações
3.4.4. Recuperação de despesas
3.5. Receitas extraordinárias
3.5.1. Vendas de bens patrimoniais
3.5.2. Negociação de atletas
4. CUSTOS E DESPESAS
4.1. Custos
4.1.1. Aluguéis de passe de atletas
4.1.2. Torcidas organizadas
4.1.3. Aluguéis de estádios
4.1.4. Arbitragens e autoridades
4.1.5. Exames antidoping
4.1.6. Taxas federações e confederações
4.1.7. Transportes
4.1.8. Premiações
4.1.9. Promoções e eventos
4.2. Despesas de Pessoal
4.2.1. Honorários de Diretores
4.2.2. Ordenados e Salários
4.2.3. Prêmios e Gratificações
4.2.4. Férias
4.2.5. 13º Salário
4.2.6. INSS
4.2.7. FGTS
4.2.8. Assistência Médica
4.2.9. Viagens e Representações
4.2.10. Transporte de Empregados
4.2.11. Programa de Alimentação do Trabalhador
4.2.12. (-) Recuperações
4.3. Despesas administrativas
4.3.1. Combustíveis
4.3.2. Manutenção de Veículos
4.3.3. Propaganda e Publicidade
4.3.4. Brindes
4.3.5. Depreciações e Amortizações
4.3.6. Aluguéis
4.3.7. Despesas Legais e Judiciais
4.3.8. Serviços de Terceiros
4.3.9. Eventos e promoções
4.4. Materiais
4.4.1. Combustíveis e lubrificantes
4.4.2. Materiais de jardinagem
4.4.3. Materiais esportivos
4.4.4. Materiais de limpeza e higiene
4.4.5. Materiais médico e cirúrgicos
4.4.6. Materiais para piscinas e saunas
4.4.7. Materiais para vestiários
4.4.8. Peças e acessórios para manutenção
4.4.9. Uniformes
4.4.10. Utensílios de copa e cozinha
4.4.11. Material publicitário
4.4.12. Outros materiais
4.5. Serviços de terceiros
4.5.1. Serviços prestados por pessoa física
4.5.2. Serviços prestados por pessoa jurídica
4.6. Despesas Tributárias
4.6.1. IPTU
4.6.2. IPVA
4.6.3. Tributos e Contribuições
4.6.4. Multas Fiscais
4.6.5. Juros s/ Tributos e Contribuições
4.7. Despesas gerais
4.7.1. Luz
4.7.2. Água e Esgoto
4.7.3. Telefone
4.7.4. Seguros
4.7.5. Lanches e refeições
4.7.6. Material de Escritório
4.7.7. Material de Higiene e Limpeza
4.7.8. Assinatura de jornais e revista
4.7.9. Correios
4.8. Despesas Financeiras
4.8.1. Variações Monetárias Passivas
4.8.2. Juros Passivos
4.9. Custos e despesas extraordinárias
4.9.1. Custo de bens vendidos
4.9.2. Custo de atletas negociados

7. MODELO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONFORME RESOLUÇÃO CFC Nº 1.409/2012

“APÊNDICE A – EXEMPLOS DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA ENTIDADES SEM FINALIDADE DE LUCROS

Apresentam-se exemplos de demonstrações contábeis mencionadas nesta Interpretação, cujo objetivo é auxiliar os preparadores para divulgação das informações contábeis e financeiras das entidades sem finalidade de lucros. A entidade pode alterar e incluir contas para atender às especificidades da entidade, inclusive agregar contas similares para fins de divulgação das demonstrações contábeis, sempre que entender ser necessário. O Apêndice acompanha, mas não faz parte da Interpretação.

I. BALANÇO PATRIMONIAL

 
20x1
20x0
ATIVO
 
 
  Circulante
 
 
        Caixa e Equivalentes de Caixa
 
 
              Caixa
              Banco C/Movimento – Recursos sem Restrição
              Banco C/Movimento – Recursos com Restrição
              Aplicações Financeiras – Recursos sem Restrição
              Aplicações Financeiras – Recursos com Restrição
        Créditos a Receber    
              Mensalidades de Terceiros
              Atendimentos Realizados
              Adiantamentos a Empregados
              Adiantamentos a Fornecedores
              Recursos de Parcerias em Projetos
              Tributos a Recuperar
              Despesas Antecipadas
        Estoques    
              Produtos Próprios para Venda
              Produtos Doados para Venda
              Almoxarifado / Material de Expediente
Não Circulante    
       Realizável a Longo Prazo    
             Aplicações Financeiras – Recursos sem Restrição
             Aplicações Financeiras – Recursos com Restrição
             Valores a Receber       
       Investimentos    
             Investimentos Permanentes    
       Imobilizado    
             Bens sem Restrição
             Bens com Restrição
             (-) Depreciação Acumulada
        Intangível        
             Direitos de Uso de Softwares
             Direitos de Autor e de Marcas
             (-) Amortização Acumulada

 
20x1
20x0
PASSIVO
 
 
  Circulante
 
 
      Fornecedores de bens e serviços    
      Obrigações com Empregados    
      Obrigações Tributárias    
      Empréstimos e Financiamentos a Pagar    
      Recursos de Projetos em Execução    
      Recursos de Convênios em Execução    
      Subvenções e Assistências Governamentais a Realizar    
   Não Circulante    
      Empréstimos e Financiamentos a Pagar    
      Recursos de Projetos em Execução    
      Recursos de Convênios em Execução    
      Subvenções e Assistências Governamentais a Realizar    
   Patrimônio Líquido    
      Patrimônio Social    
      Outras Reservas    
      Ajustes de Avaliação Patrimonial    
      Superávit ou Déficit Acumulado    


II. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO PERÍODO

 
20x1
20x0
RECEITAS OPERACIONAIS
 
 
      Com Restrição
 
 
             Programa (Atividades) de Educação    
             Programa (Atividades) de Saúde    
             Programa (Atividades) de Assistência Social    
             Programa (Atividades) de Direitos Humanos    
             Programa (Atividades) de Meio Ambiente    
             Outros Programas (Atividades)    
             Gratuidades    
             Trabalho Voluntário    
             Rendimentos Financeiros    
      Sem Restrição    
             Receitas de Serviços Prestados    
             Contribuições e Doações Voluntárias    
             Ganhos na Venda de Bens    
             Rendimentos Financeiros    
             Outros Recursos Recebidos    
CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS    
       Com Programas (Atividades)    
             Educação    
             Saúde    
             Assistência Social    
             Direitos Humanos    
             Meio Ambiente    
             Gratuidades Concedidas    
             Trabalho Voluntário    
RESULTADO BRUTO    
DESPESAS OPERACIONAIS    
       Administrativas    
             Salários    
             Encargos Sociais    
             Impostos e Taxas    
             Aluguéis    
             Serviços Gerais    
             Manutenção    
             Depreciação e Amortização    
             Perdas Diversas    
       Outras despesas/receitas operacionais    
     
OPERAÇÕES DESCONTINUADAS (LÍQUIDO)    
     
SUPERÁVIT/DÉFICIT DO PERÍODO    

Observações:

1) As despesas administrativas se referem àquelas indiretas ao programa (atividades);

2) As gratuidades e o trabalho voluntário devem ser demonstrados por programa (atividades) em Nota Explicativa.

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

  1. Método Direto

20x1

20x0

Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais

 

 

 

 

    Recursos Recebidos

 

 

 

 

        Entidades Governamentais

3,00

 

2,00

 

        Entidades Privadas

3,00

 

1,00

 

        Doações e Contribuições Voluntárias

1,00

 

1,00

 

        Próprios

1,00

 

2,00

 

        Rendimentos Financeiros

1,00

 

1,00

 

        Outros

1,00

 

1,00

 

    Pagamentos Realizados

 

 

 

 

Aquisição de bens e Serviços – Programas (Atividades) Executados

(3,00)

 

(2,00)

 

         Salários e Encargos Sociais do Pessoal Administrativo   

(1,00)

 

(1,00)

 

         Contribuições Sociais, Impostos e Taxas

(0,00)

 

(0,00)

 

         Outros Pagamentos

(1,00)

 

(1,00)

 

 (=) Caixa Líquido Gerado pelas Atividades Operacionais

 

5,00

 

4,00

 

 

 

 

 

Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento

 

 

 

 

         Recursos Recebidos pela Venda de Bens

1,00

 

2,00

 

         Outros Recebimentos por Investimentos Realizados

1,00

 

1,00

 

         Aquisições de Bens e Direitos para o Ativo

(3,00)

 

(4,00)

 

 (=) Caixa Líquido Consumido pelas Atividades de Investimento     

 

(1,00)

 

(1,00)

 

 

 

 

 

Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento

 

 

 

 

          Recebimentos de Empréstimos

1,00

 

3,00

 

          Outros Recebimentos por Financiamentos

1,00

 

1,00

 

          Pagamentos de Empréstimos

(2,00)

 

(2,00)

 

          Pagamentos de Arrendamento Mercantil

(2,00)

 

(3,00)

 

(=) Caixa Líquido Consumido pelas Atividades de Financiamento

 

(2,00)

 

(1,00)

(=) Aumento Líquido de Caixa e Equivalentes de Caixa

 

2,00

 

2,00

Caixa e Equivalentes de Caixa no Início do Período

 

3,00

 

1,00

Caixa e Equivalentes de Caixa no Fim do Período

 

5,00

 

3,00

III.DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

2. Método Indireto

20x1

20x0

Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais

 

 

 

 

    Superávit (Déficit) do Período

1,00

 

1,00

 

    Ajustes por:

 

 

 

 

        (+) Depreciação

1,00

 

1,00

 

        (+) Amortização

1,00

 

1,00

 

        (+) Perda de Variação Cambial

1,00

 

0,00

 

        (-)  Ganho na Venda de Bens do Imobilizado

(1,00)

 

(1,00)

 

    Superávit (Déficit) Ajustado

 

3,00

 

2,00

    Aumento (Diminuição) nos Ativos Circulantes

 

 

 

 

              Mensalidades de Terceiros

2,00

 

3,00

 

              Atendimentos Realizados

4,00

 

3,00

 

              Adiantamentos a Empregados

(1,00)

 

(1,00)

 

              Adiantamentos a Fornecedores

(1,00)

 

(1,00)

 

              Recursos de Parcerias em Projetos

(1,00)

 

(1,00)

 

              Tributos a Recuperar

1,00

 

1,00

 

              Despesas Antecipadas

(1,00)

 

(1,00)

 

              Outros Valores a Receber

2,00

5,00

1,00

4,00

    Aumento (Diminuição) nos Passivos Circulantes

 

 

 

 

              Fornecedores de bens e serviços

(3,00)

 

(2,00)

 

              Obrigações com Empregados

(2,00)

 

(1,00)

 

              Obrigações Tributárias

(1,00)

 

(1,00)

 

              Empréstimos e Financiamentos a Pagar

4,00

 

3,00

 

              Recursos de Projetos em Execução

(2,00)

 

(1,00)

 

              Recursos de Convênios em Execução

(1,00)

 

(1,00)

 

              Subvenções e Assistências Governamentais

3,00

 

2,00

 

              Outras Obrigações a Pagar

(1,00)

(3,00)

(1,00)

(2,00)

 (=) Caixa Líquido Gerado pelas Atividades Operacionais

 

5,00

 

4,00

 

 

 

 

 

Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento

 

 

 

 

         Recursos Recebidos pela Venda de Bens

1,00

 

2,00

 

         Outros Recebimentos por Investimentos Realizados

1,00

 

1,00

 

         Aquisições de Bens e Direitos para o Ativo

(3,00)

 

(4,00)

 

 (=) Caixa Líquido Consumido pelas Atividades de Investimento     

 

(1,00)

 

(1,00)

 

 

 

 

 

Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento

 

 

 

 

          Recebimentos de Empréstimos

1,00

 

3,00

 

          Outros Recebimentos por Financiamentos

1,00

 

1,00

 

          Pagamentos de Empréstimos

(2,00)

 

(2,00)

 

          Pagamentos de Arrendamento Mercantil

(2,00)

 

(3,00)

 

(=) Caixa Líquido Consumido pelas Atividades de Financiamento

 

(2,00)

 

(1,00)

(=) Aumento Líquido de Caixa e Equivalentes de Caixa

 

2,00

 

2,00

Caixa e Equivalentes de Caixa no Início do Período

 

3,00

 

1,00

Caixa e Equivalentes de Caixa no Fim do Período

 

5,00

 

3,00


 
Patrimônio
Social
Outras
Reservas
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Superávit / Déficit
Total do Patrimônio
Líquido
Saldos iniciais em 31.12.20x0
X
-
-
X
X
Movimentação do Período
 
 
 
 
 
Superávit / Déficit do Período
X
X
Ajustes de Avaliação Patrimonial
X
X
Recursos de Superávit com Restrição
X
(X)
-
Transferência de Superávit de Recursos sem Restrição
X
(X)
-
Saldos finais em 31/12/20x1
X
X
X
-
X

Fundamentos Legais: Os citados no texto.