05/04/2007 - Importa??es cresceram em 19 setores desde 2003
?De um grupo de 21 segmentos industriais brasileiros, 19 registraram expressivos crescimentos nas quantidades importadas entre 2003 e 2006, na compara??o com os quatro anos imediatamente anteriores. O resultado ? de um levantamento feito pela consultoria Rosemberg & Associados, que mostra avan?os nos volumes importados de at? 170% no per?odo. O c?mbio fraco foi o principal respons?vel por este crescimento.
Os dados mostram que nos quatro anos entre 1999 e 2002 havia ocorrido exatamente o inverso. Em apenas quatro segmentos houve crescimento das importa??es. N?o ? toa, o per?odo envolve, por exemplo, as desvaloriza??es do real em janeiro de 1999 e as taxas elevadas no ano da disputa das elei??es presidenciais. No segundo semestre de 2002, o d?lar chegou perto dos R$ 4,00.
O autor do estudo, economista Fernando Fenolio, explica que a valoriza??o cambial nos ?ltimos quatro anos e o pr?prio crescimento do PIB, que foi mais forte do que no per?odo anterior analisado, influenciaram os resultados. O maior crescimento da economia exige a importa??o de mais produtos intermedi?rios (usados na fabrica??o de outros produtos), al?m de bens de consumo prontos, para atender a demanda.
Os maiores crescimentos de importa??o em quantidades nos ?ltimos quatro anos foram dos seguintes segmentos: artigos do vestu?rio (170%), equipamentos eletr?nicos (132%), ve?culos automotores (103,9%), t?xtil (107%), outros produtos metal?rgicos (79,7%), cal?ados (78,8%) e minerais n?o-met?licos (76,5%). No per?odo, registraram queda apenas as importa??es de animais abatidos (-34,7%) e ?leos vegetais (-11,9%).
Fenolio tamb?m explica que, apesar da forte expans?o das importa??es, somente dois segmentos registraram queda de produ??o entre o per?odo de 2003 e 2006: vestu?rio e cal?ados. "S?o os setores que mais sofrem com a concorr?ncia de importados, notadamente a chinesa", diz o economista.
J? outros dois segmentos registraram crescimento na fabrica??o local. A produ??o de autom?veis avan?ou 5,3% entre 1999 e 2002 e 46% entre 2003 e 2006. No segmento de eletroeletr?nicos, houve queda de 7,6% no primeiro per?odo e crescimento, em seguida, de 35% no segundo. Para Fenolio, isso ocorreu porque o setor teve est?mulos locais favor?veis - como aumento do cr?dito e da massa salarial.
FONTE:
Jornal do Com?rcio