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05/04/2007 - Bens de capital s?o destaque da produ??o

?A produ??o de bens de capital, com sinal positivo para os investimentos, foi o destaque dos resultados da ind?stria em fevereiro. O setor industrial registrou expans?o de 0,3% em rela??o a janeiro e de 3% na compara??o com fevereiro do ano passado, acumulando aumento de 3,8% no primeiro bimestre de 2007. "Talvez o mais relevante ? que a produ??o de bens de capital para fins industriais mant?m o ritmo de crescimento, isso significa uma expans?o da capacidade da economia e da ind?stria", disse o coordenador de ind?stria do IBGE, Silvio Sales.
Para ele, os dados mostram o otimismo dos empres?rios. "H? uma expectativa favor?vel do meio empresarial em rela??o ? economia e, por isso, h? mais encomendas de m?quinas e equipamentos. As empresas est?o criando capacidade de oferta, aumentando a capacidade produtiva", avaliou.
No primeiro bimestre deste ano os bens de capital apresentaram crescimento de 16%, com desempenho positivo em todos os segmentos que comp?em essa categoria. Sales destacou que a produ??o desses bens cresce velozmente - a expans?o bimestral n?o ocorria na magnitude atual desde o primeiro bimestre de 2001 - apesar do aumento das importa??es desses produtos que expandiram, em volume, 31% no acumulado dos dois primeiros meses deste ano ante igual per?odo do ano passado.
O economista observou tamb?m que a produ??o de bens de capital cresceu 14,3% em fevereiro ante igual m?s do ano passado, em desempenho bem superior ao da ind?stria em geral, e a expans?o foi espalhada em todos os segmentos dessa categoria: bens de capital para uso misto (inclui computadores, com 23,6%), para transporte (6,3%), para fins industriais (8,7%) e agr?colas (11,3%).
Para Marcela Prada, analista da Tend?ncias Consultoria, os resultados de bens de capital indicam "a manuten??o de um quadro positivo para investimentos e, conseq?entemente, um cen?rio favor?vel para a ind?stria e para a infla??o". Para ela, al?m do aumento dos investimentos, "o cen?rio favor?vel para cr?dito, renda e emprego e o patamar elevado de confian?a sustentam uma tend?ncia positiva para a ind?stria".
Os t?cnicos do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) avaliam, em documento sobre os dados do IBGE, que "h? uma indica??o segura de acelera??o do investimento" o que, segundo eles, contribuir? para um crescimento maior da economia, sem press?es inflacion?rias, em 2007. Sales ressaltou que a an?lise do desempenho da ind?stria em geral em fevereiro "depende do corte temporal". Os dados ante o m?s anterior, segundo ele, mostram estabilidade, enquanto as compara??es com o ano passado confirmam "uma evolu??o" no ritmo de crescimento do setor.
Ao contr?rio do bom desempenho de bens de capital, a ?nica categoria entre as quatro pesquisadas pelo IBGE a registrar queda na produ??o em fevereiro ante igual m?s do ano passado foi a de bens de consumo dur?veis (-2,9%), prejudicada especialmente pelo c?mbio.
Sales explicou que a queda foi puxada pelas redu??es na produ??o de autom?veis (-5,8%), celulares (-7,2%) e eletrodom?sticos de linha marrom (-26,9%, sob impacto especialmente de televisores). Segundo Sales, os maus desempenhos na produ??o de autom?veis e, especialmente, de celulares, foram provocados pela perda de mercado externo, em conseq??ncia do d?lar baixo. Os eletrodom?sticos de linha branca (geladeira, freezer) mantiveram a trajet?ria de crescimento, com aumento de 14,3% na produ??o em fevereiro.
J? a ind?stria de refino de petr?leo, que havia puxado para baixo os resultados da produ??o em janeiro, representou o principal impacto de alta para a expans?o do setor industrial em fevereiro ante m?s anterior. Com crescimento de 4,1% nessa base de compara??o - ap?s uma queda de 4,6% em janeiro, provocada por paralisa??es t?cnicas - esse segmento ficou ? frente de material el?trico, eletr?nico e de comunica??es (7,4%), o segundo principal impacto, e alimentos (1,8%) entre as maiores influ?ncias de alta na produ??o industrial em fevereiro ante janeiro.

Expans?o em fevereiro confirma trajet?ria de crescimento

O resultado da produ??o industrial brasileira em fevereiro confirmou a expectativa dos mercados de que a economia brasileira segue em processo de recupera??o. A produ??o industrial teve expans?o de 0,3% em rela??o a janeiro e de 3% na compara??o com fevereiro do ano passado, acumulando aumento de 3,8% no primeiro bimestre de 2007. O dado serviu tamb?m para confirmar a aposta da maioria dos analistas de que o Comit? de Pol?tica Monet?ria (Copom) manter? o ritmo de cortes de 0,25% pontos na Selic, hoje em 12,75% ao ano.
Paulo Leme, economista do banco Goldman Sachs, disse que uma recupera??o na produ??o industrial era inevit?vel, em parte porque que a atividade em alguns setores importantes tinha sofrido uma forte queda em janeiro. Ele observou que no caso da produ??o do petr?leo, houve um decl?nio de 4,5% por causa de uma fase de manuten??o. "Entretanto, a recupera??o ? mais profunda, mais abrangente, e sustentada, sendo alimentada pela combina??o de pol?ticas de gerenciamento da demanda expansionistas", disse Leme. "No geral, conclu?mos com a vis?o do Banco Central de que h? est?mulo suficiente para a demanda dom?stica para continuar acelerando o crescimento."
Como exemplo, ele citou os dados das vendas de autom?veis em mar?o, divulgados ontem, que somaram 468,7 mil unidades, uma eleva??o de 18,5% em rela??o ao ano anterior. "Essa venda recorde ? amplamente causada pela ampla oferta de cr?dito com taxas de juros mais baixas, cerca de 70% dos carros s?o vendidos com financiamentos", disse. Por isso, acreditamos ser improv?vel que o Copom aumente o ritmo de cortes da Selic para 50 pontos-base do atual ritmo de 25 pontos."
Cl?udio Ferraz e Bernado Motta, economistas do UBS Pactual, observaram que a m?dia trimestral m?vel da produ??o industrial cresceu apenas 0,1%, o que significa que ela continua est?vel. "Entretanto, o aumento de 14,3% na produ??o de bens de capital em rela??o a fevereiro do ano passado sustenta uma vis?o qualitativa boa dos n?meros divulgados ontem, sugerindo uma produ??o industrial mais elevada no futuro", afirmaram.

Desempenho industrial ga?cho amplia 4,5% em dois meses

O ?ndice de Desempenho Industrial (IDI-RS), medido pela Federa??o das Ind?strias do Rio Grande do Sul (Fiergs), registrou crescimento de 4,5% no acumulado dos dois primeiros meses de 2007 em compara??o com o primeiro bimestre do ano passado. Todas as vari?veis foram positivas no per?odo: vendas (5,4%), compras (13,1%), pessoal ocupado (0,1%), horas trabalhadas na produ??o (1,1%), utiliza??o da capacidade instalada (4,9%) e remunera??o (1,28%). Os resultados v?m sinalizando, desde o ?ltimo trimestre de 2006, que a ind?stria ga?cha iniciou uma trajet?ria de lenta recupera??o.
Das ind?strias pesquisadas, 59,4% tiveram aumento de vendas. Em fevereiro deste ano, comparado ao mesmo m?s de 2006, o crescimento foi de 2,3%, com destaque para vendas (6,8%) e utiliza??o da capacidade instalada (5,5%). A maioria dos setores est? em recupera??o no primeiro bimestre de 2007, com destaque para qu?mico (8,6%), m?quinas e equipamentos (7,5%) e couros e cal?ados (4,6%).

FONTE: Jornal do Com?rcio

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