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19/05/2022 - Dólar opera em queda de 1,33%, a R$ 4,917, e Bolsa sobe com Eletrobras

dólar comercial operava em queda e a Bolsa em alta na manhã de hoje. Por volta das 10h37 (de Brasília) a moeda norte-americana atingiu o valor de R$ 4,917, quando caía 1,33%, alinhando-se a movimento internacional de recuperação de moedas arriscadas depois de uma forte onda de vendas na véspera, quando temores sobre inflação, aperto monetário e possível desaceleração econômica aumentaram a busca por segurança.

No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira operava com valorização de 0,31%, aos 106.576,492 pontos, com suporte de Eletrobras, na esteira de aprovação de privatização da companhia no TCU (Tribunal de Contas da União), assim como de Vale e de alguns papéis do setor financeiro. As ações da empresa operavam em alta de 2,72%, a R$ 43,75.

Ontem (18) o dólar comercial teve alta de 0,8%, fechando a R$ 4,983 na venda, e a Bolsa a 106.247,148 pontos, com desvalorização de 2,34%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Contexto

As perdas acompanhavam a queda de cerca de 0,8% do índice do dólar no exterior, no que alguns participantes do mercado avaliavam como um ajuste técnico depois de a moeda ter avançado 0,55% contra pares de países ricos na véspera, encerrando uma série de três dias de baixa. O enfraquecimento do dólar também refletia uma queda nos rendimentos dos títulos soberanos dos EUA.

Divisas de países emergentes ou sensíveis às commodities aproveitavam a deixa e avançavam contra o dólar nesta manhã, recuperando-se depois de uma sessão difícil na véspera. Peso mexicano, peso chileno, rand sul-africano e dólar australiano, moedas cujo movimento o real tende a acompanhar, ganhavam entre 0,7% e 1,2% no dia.

Apesar do ajuste nos mercados de câmbio internacionais nesta quinta-feira, vários especialistas alertavam para a manutenção do cenário cauteloso, que na véspera golpeou ativos arriscados de todo o mundo. Dois dos principais índices acionários de Wall Street, por exemplo, fecharam a última sessão com perdas superiores a 4%, e mais danos eram registrados na abertura desta manhã.

Na Europa, as principais bolsas também estendiam a baixa expressiva vista na véspera, com um índice referencial perdendo 2% no dia.

"A aversão ao risco ganha força diante de preocupações com o crescimento global", disse o departamento de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco em relatório. "Pesam sobre a avaliação de riscos as incertezas com os desdobramentos da guerra na Ucrânia, com a política de combate à covid na China e com as persistentes pressões inflacionárias e seus impactos sobre a condução da política monetária no mundo."

O banco central dos Estados Unidos, por exemplo, está enfrentando a alta dos preços com maior agressividade do que o inicialmente previsto pelos mercados, o que levou o índice do dólar a tocar seu maior patamar em duas décadas recentemente.

Nesse contexto, estrategistas do Citi notaram em relatório que "o câmbio latino-americano enfraqueceu ao longo do último mês, à medida que a aversão ao risco aumenta e o 'carry' (retorno oferecido pelas moedas) se tornou menos favorável nesses ambientes de aversão a risco".

O banco norte-americano piorou sua expectativa para a performance do real no curto prazo, vendo a divisa em 5,15 por dólar nos próximos três meses, de 4,70 previstos para o mesmo período antes. A projeção de médio prazo — para os próximos seis a 12 meses — também piorou, a 5,30 por dólar, contra previsão anterior de 5,20.

"Embora os preços das commodities permaneçam elevados em níveis favoráveis para o real, o recente fortalecimento do dólar levou a uma desvalorização considerável" da moeda brasileira, completou o Citi. "Olhando para frente, a escalada de riscos internos depois das eleições (de outubro) em meio a condições monetárias globais mais restritivas devem levar a mais depreciação do real."

FONTE: UOL

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