15/09/2021 - Bolsa cai 0,86% e dólar opera quase estável, vendido a R$ 5,255; acompanhe
O dólar comercial operava quase estável e a Bolsa em queda no início da tarde de hoje. Por volta das 14h20 (de Brasília), a moeda norte-americana era negociada a R$ 5,255, com variação negativa de 0,04%. No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, operava em queda de 0,86%, aos 115.180,18 pontos. Ontem (14) o dólar valorizou 0,65%, fechando a R$ 5,257 na venda e a Bolsa fechou em baixa 0,19%, a 116.180,547 pontos. O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto. O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), sinalizador do PIB (Produto Interno Bruto), teve alta de 0,6% em julho na comparação com o mês anterior, de acordo com dado dessazonalizado divulgado pelo BC hoje. A expectativa em pesquisa da Reuters era de ganho de 0,4%. Em relação a julho de 2020, o IBC-Br registrou crescimento de 5,53% e, no acumulado em 12 meses, teve ganho de 3,26%, segundo números observados. Rafael Panonko, analista chefe da Toro Investimentos, disse à Reuters que, ao mesmo tempo que os investidores digeriam os dados sobre a atividade, também repercutia nos mercados fala da véspera do presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto. Em evento ontem, ele disse que o BC levará a Selic para onde for necessário, mas não irá alterar seu plano de voo a cada número de alta frequência que sair. Em nota, analistas da Genial Investimentos disseram que "a declaração foi interpretada como um recado de que o Copom não deverá acelerar o processo de aumento da taxa Selic na reunião da próxima semana, apesar da surpresa negativa do IPCA de agosto." O Banco Central aumentou o ritmo de aperto monetário em seu encontro de agosto ao subir a Selic em 1 ponto percentual, a 5,25% ao ano. Juros mais altos no Brasil tendem a beneficiar o real, de acordo com especialistas, ao elevar a rentabilidade do mercado de renda fixa doméstico. Enquanto isso, a cautela continuava permeando as perspectivas dos investidores para o desempenho do real nos próximos meses, em meio à deterioração das contas públicas e incertezas institucionais. "Não acredito em quedas fortes do dólar contra real até o final do ano", disse Panonko, da Toro. "O momento que a gente vive é incerto, enquanto a crise institucional atrasa reformas e torna a articulação política difícil." Uma das principais dúvidas, explicou o analista, é sobre que solução será implementada para a salgada conta de precatórios para 2022, enquanto a aproximação das eleições de 2022 devem elevar a busca por proteção. As atenções, na visão do BTG Pactual, continuam voltadas para o andamento das reformas a fim de consolidar um alívio político local, com destaque para as negociações sobre o teto de gasto e o desfecho envolvendo a questão dos precatórios. Mais cedo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou a necessidade compreensão e ajuda para o governo resolver o problema dos precatórios, expressando confiança de que isso será feito em conjunto com o Legislativo e Judiciário. No entanto, agentes financeiros continuam enxergando a situação envolvendo a questão "emperrada", e receosos com um avanço no curto prazo, principalmente após reveses do governo em decisões recentes no Congresso. Estrategistas do Itaú BBA cortaram o preço-alvo para o Ibovespa de 152 mil para 120 mil pontos, citando deterioração na perspectiva macroeconômica do país, bem como aumento de riscos fiscais e um cenário hídrico desafiador. O BTG Pactual também chamou a atenção para movimentos alternados entre altas e baixas produzidas por blue chips, que representam posições relevantes no vencimento de opções sobre ações que acontece na sexta-feira. "Percebemos sinais de cautela dos investidores, mantendo suas posições sem novos aportes. A volatilidade sempre é muito maior com a aproximação dos vencimentos", afirma email a clientes da área de gestão do banco.IBC-Br
Clima em Brasília
FONTE:
UOL