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09/04/2021 - Com alta de combustíveis, inflação é a maior para março desde 2015

Pressionado pela alta nos preços dos combustíveis, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial no país, acelerou a 0,93% em março, após fechar em 0,86% em fevereiro. Esse é o maior resultado para um mês de março desde 2015, quando o índice foi de 1,32%.

No mesmo mês de 2020, a inflação havia ficado em 0,07%. O indicador acumula alta de 2,05% no ano e de 6,1% em 12 meses, acima dos 5,2% observados nos 12 meses imediatamente anteriores e acima do teto da meta estabelecida para este ano.

A meta de inflação para este ano é de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos, ou seja, podendo variar entre 2,25% e 5,25%. É a primeira vez no ano que a inflação dos últimos 12 meses ultrapassa a meta.

Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e se referem às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos.

 

Combustíveis impulsionam alta

 

Assim como em fevereiro, os combustíveis voltaram a impulsionar a alta, com o aumento de 11,23%. Segundo o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, a gasolina nos postos teve alta de 11,26%, o etanol, de 12,59% e o óleo diesel, de 9,05%. O gás de botijão, por sua vez, teve alta de 4,98%.

Foram aplicados sucessivos reajustes nos preços da gasolina e do óleo diesel nas refinarias entre fevereiro e março e isso acabou impactando os preços de venda para o consumidor final nas bombasPedro Kislanov, gerente da pesquisa do IBGE

"O mesmo aconteceu com o gás, que teve dois reajustes nas refinarias nesse período, acumulando alta de 10,46%, e agora o consumidor percebe esse aumento", completou o gerente da pesquisa.

Desta forma, a gasolina foi o item que contribuiu com o maior impacto no IPCA de março, com 0,60 ponto percentual.

Inflação dos alimentos desacelera

A inflação do grupo dos alimentos e bebidas desacelerou pelo terceiro mês consecutivo, chegando a uma alta de 0,13%. As variações anteriores foram de 1,74% em dezembro, 1,02% em janeiro e 0,27% em fevereiro. Veja os destaques:

  • O tomate liderou a queda (-14,12%), seguido por
  • batata-inglesa (-8,81%);
  • arroz (-2,13%) e
  • leite longa vida (-2,27%).
  • As carnes subiram 0,85%, menos do que em fevereiro (1,72%).

Os alimentos tiveram alta de 14,09% em 2020, mas, desde dezembro, apresentam uma tendência de desaceleração. Alguns fatores contribuem para isso, como uma maior estabilidade do câmbio e a redução na demanda por conta da suspensão do auxílio emergencial nos primeiros meses do ano.Pedro Kislanov

A pesquisa ainda apontou uma diferenciação: para quem só está comendo em casa, os preços tiveram uma queda de 0,17%. Já a alimentação fora do domicílio teve alta de 0,89%.

FONTE: UOL

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