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26/02/2021 - Dólar fecha em alta, a R$ 5,606, e acumula valorização de 2,39% no mês

dólar comercial fechou hoje (26) em alta de 1,65% ante o real, cotado a R$ 5,606 na venda. Na semana, a moeda acumulou alta de 4,09% e de 2,39% em fevereiro. É a maior cotação do dólar desde 4 de novembro do ano passado, quando atingiu R$ 5,653.
 
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
 
Ontem (25), a moeda norte-americana teve alta de 1,72% ante o real, cotado a R$ 5,514 na venda.
 
O mercado parece não estar disposto a tomar risco neste momento. Analistas dizem que o mercado sofre com saídas de recursos de investidores estrangeiros, com a queda do apelo de ativos de mercados emergentes.
 
A tomada de fôlego da moeda coincidiu com a piora de sinal em ativos de risco no exterior, onde o dólar ganhava de forma generalizada e as bolsas de valores voltavam a cair, enquanto os rendimentos dos títulos americanos —cuja escalada foi o pivô da liquidação dos mercados na véspera— recobravam forças e se mantinham perto de máximas em um ano.
 
O noticiário político doméstico tampouco ajudava o sentimento dos operadores, que analisavam a ressurgência de notícias na imprensa a respeito de eventual fragilidade do ministro da Economia, Paulo Guedes, no governo.
 
Prova disso é que, ao fim do dia, o presidente do Banco do Brasil (BB), André Brandão, avisou o presidente Jair Bolsonaro que não quer mais seguir no cargo. Bolsonaro já havia tido desavenças com Brandão no início do ano, em meio a uma onda de demissões no BB.
 
A saída de Brandão, que é próximo de Guedes, sinaliza ao mercado que a agenda dita liberal vai ficando para trás, com maior interferência do governo nas empresas estatais, como a Petrobras e o BB.
 
Assim, para tentar segurar o dólar, o Banco Central veio ao mercado com anúncio de um leilão de venda de dólar à vista, no qual colocou 740 milhões de dólares. Na véspera, o BC já havia feito duas operações do tipo, nas quais colocou um total de 1,535 bilhão de dólares —maior valor de venda a ser liquidado no mesmo dia desde a liquidação de 2,175 bilhões de dólares em moeda à vista em 28 de abril do ano passado.
 
O BC não fazia leilão de dólar à vista desde dezembro de 2020. Na segunda-feira, o Bacen já havia vendido 1 bilhão de dólares em uma tentativa de conter a forte reação negativa do câmbio à percepção do mercado de ingerência política na Petrobras.
 
Já nos EUA, temores de um potencial aumento da inflação mantinham os rendimentos dos títulos norte-americanos próximos a máximas em um ano, o que derrubava o mercado acionário.
 
"Se os juros (dos títulos) continuarem a subir tão rapidamente, os mercados não vão gostar", disse Eric Diton, presidente e diretor-gerente da The Wealth Alliance à Reuters.

FONTE: UOL

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