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16/10/2020 - Dólar emenda 4ª alta e fecha a R$ 5,643; Bolsa cai 0,75%

O dólar comercial fechou o dia em alta de 0,32%, cotado a R$ 5,643 na venda, emendando a quarta alta seguida. A moeda norte-americana encerra a semana acumulando saldo positivo de 2,14% frente ao real, que teve o pior desempenho da sessão, considerando 33 pares da divisa dos Estados Unidos.

Já o Ibovespa recuou 0,75% a 98.309,12 pontos influenciado pela queda nas ações da Petrobras e de bancos, mesmo com a influência positiva dos mercados no exterior. Com a baixa de hoje, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira termina a semana em tímida alta de 0,85%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Exterior

Segundo nota da equipe econômica da Guide Investimentos, "ativos financeiros internacionais iniciam o dia em tom positivo, enquanto investidores seguem ponderando os riscos do cenário (casos da covid-19, Brexit e falta de estímulos nos EUA) com pontos de entrada atrativos".

Essas pautas desencadearam ondas de cautela globais durante a semana depois que várias cidades europeias voltaram a impor lockdowns para combate à disseminação da covid e em meio a perspectivas cada vez menores de que a Casa Branca e o Congresso dos EUA chegarão a um acordo sobre um pacote amplo de apoio econômico antes das eleições presidenciais.

Na quinta-feira, oferecendo algum alívio aos mercados, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que está disposto a aumentar sua oferta de US$ 1,8 trilhão para um pacote de alívio da Covid-19 de forma a chegar a um acordo com a presidente democrata da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi.

Apesar da aparente recuperação do apetite global por risco, "diante de um cenário que segue bastante incerto, espera-se que os mercados continuem apresentando movimentos altamente voláteis", escreveu o time da Guide.

Nesta manhã, a moeda norte-americana perdia contra uma cesta das principais moedas, enquanto divisas emergentes pares do real apresentavam desempenho misto.

Cenário interno

A máxima do dólar durante a tarde ocorreu em meio a novos rumores do lado fiscal. Um foco do mercado é se o governo pode prorrogar o estado de calamidade pública para o começo de 2021, o que permitiria mais gastos num momento de explosão do déficit primário —fator por trás do desempenho pior dos mercados brasileiros ante seus pares.

"Se o governo decretar a prorrogação do estado de calamidade, aí a calamidade aumenta como se não houvesse amanhã", comentou Sergio Goldenstein, consultor independente e estrategista na Omninvest Independent Insights.

Em Brasília, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a defender na noite de quinta-feira a aprovação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) do Pacto Federativo, ressaltando que o projeto que definirá condições para viabilizar o cumprimento da regra do teto de gastos no próximo ano precisa ser votado antes do Orçamento de 2021.

"A defesa em prol da aprovação da PEC emergencial (...) deve promover alívio na medida em que emite a sinalização correta quanto à condução da política fiscal", opinaram os analistas da Guide.

A saúde das contas públicas brasileiras tem dominado a atenção dos investidores nas últimas semanas, em meio a dúvidas sobre a capacidade do governo de financiar um programa de assistência social sem desrespeitar o teto de gastos.

Além das dúvidas de ordem fiscal, a sazonalidade tende a prejudicar a taxa de câmbio até o fim do ano, período de tradicional fluxo cambial negativo.

"Ao analisar os últimos 15 anos, de meados de outubro a meados de dezembro o dólar norte-americano costuma se fortalecer cerca de 5%", disse a Mauá Capital em nota, acrescentando que em menos de 10% das ocasiões houve apreciação do real nesse intervalo do ano.

FONTE: UOL

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