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16/05/2019 - Após forte queda, soja reage nos mercados externo e interno

Após a derrocada das commodities na segunda-feira (13), devido à intensificação da guerra comercial entre Estados Unidos e China, o mercado de soja se recupera nos últimos dias.

Nesta quarta (15), o contrato de julho fechou a US$ 8,3550 por bushel (27,2 quilos), bem acima dos US$ 8,025 de segunda-feira.

A reação se deve à movimentação dos fundos de investimentos que, sempre que há alterações sensíveis de preço no mercado, ficam mais atuantes.

As dificuldades dos produtores norte-americanos em realizar o plantio deste ano também cooperam para essa elevação.

O tempo ideal para o plantio de milho se encerra em duas semanas nos Estados Unidos. Até domingo, os produtores haviam semeado apenas 30% da área prevista para o cereal.

Na média dos últimos cinco anos, a semeadura já havia atingido 66% da área neste período, segundo dados do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

O cenário fica cada vez mais dramático. Os produtores podem plantar o milho além do prazo ideal, mas, quanto mais avançarem fora desse tempo, terão cobertura menor de seguro.

Uma opção também é destinar a área de milho não plantada para a soja, mas esta também tem problemas neste ano.

Os produtores dos EUA semearam apenas 9% da área da oleaginosa, um percentual bem abaixo dos 29% da média dos últimos cinco anos. Solo frio e úmido dificultam o plantio.

O problema é que os agricultores não terão muito alívio pela frente. As chuvas voltarão na próxima semana, gerando ainda mais incertezas no campo.

Essa mudança de rumo nos preços da soja na Bolsa de Chicago beneficia os produtores brasileiros. Há uma conjugação de três fatores positivos no mercado interno: alta de preços na Bolsa, elevação do dólar e valor maior dos prêmios pagos para a soja brasileira.

Com isso, as negociações com a commodity, que estavam bastante travadas, começaram a reagir.

Na segunda-feira, quando a soja registrou os menores preços em 11 anos, a saca do produto para a entrega imediata custava R$ 69 em Cascavel (PR). Nesta quarta, foi negociada a R$ 71, segundo a AgRural.

A oleaginosa ganhou força também em Sorriso (MT), onde a saca subiu de R$ 58,5, na segunda-feira, para R$ 61 nesta quarta.

Demanda externa provoca reabertura de frigoríficos

Os novos ares do mercado externo estão dando novo ritmo ao setor brasileiro de proteínas. Francisco Turra, presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), diz que em todos os principais Estados produtores de carnes suína e de aves está havendo uma retomada de atividades em algumas das unidades que estavam paralisadas.

As operações da Polícia Federal e a greve dos caminhoneiros haviam provocado uma séria crise no setor. 

Segundo Turra, há expansão de produção em indústrias que já estavam funcionado no Centro-Oeste, reabertura de frigoríficos em São Paulo e na Região Sul e até a entrada de novas indústrias em operação.

Esse novo ritmo do setor foi apontado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nos dados divulgados nesta semana. Os abates de suínos, cuja carne os chineses têm grande interesse, subiram 5% no primeiro trimestre deste ano, em relação a igual período de 2018. Os de bovinos também aumentaram, enquanto os de frango recuaram 2% no período.

Guilherme Nolasco, presidente do Imac (Instituto Mato-Grossense da Carne), e que acompanha a visita da ministra da Agricultura Tereza Cristina à Ásia, diz que o setor está impressionado com a demanda dos chineses por carnes. Os efeitos da peste suína têm dimensões acima do que se previa no Brasil segundo ele.

O setor de carne bovina também dá resposta a essa demanda externa. Mato Grosso aumentou a capacidade de utilização do potencial de abate. No ano passado, o estado utilizou 57% dessa capacidade de produção, o maior percentual em 10 anos.

FONTE: UOL

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