Últimas Notícias.
Seu portal de informações empresariais

Atenção: Ressaltamos que as notícias divulgadas neste site provem de informações oriundas de diversas fontes, não ficando a INFORMARE responsável pelo conteúdo das mesmas.

13/02/2019 - Varejo avança 2,3% em 2018; vendas do setor recuam no mês do Natal

As vendas no varejo brasileiro avançaram 2,3% em 2018, segundo informações divulgadas pelo IBGE nesta quarta (13). Foi o melhor resultado desde 2013, ano em que o volume de vendas do comércio teve um crescimento de 4,3%.

Apesar do desempenho positivo no ano passado, no mês do Natal, o setor apresentou o maior recuo para o período desde dezembro de 2000, com uma queda de 2,2%, na relação com novembro. Projeção da Bloomberg era que o volume de vendas do varejo recuasse 0,1%.

Para Isabella Nunes, gerente da pesquisa do IBGE, o bom desempenho durante a Black Friday, com a segunda maior alta no mês nessa comparação desde a criação da série, fez com que dezembro descontasse as vendas e recuasse.

"A cada ano, observamos que o patamar de vendas de novembro vem se aproximando ao nível de dezembro. Isso significa que essas festas de final de ano vêm sendo antecipadas devido ao estímulo da Black Friday.

Esse movimento fica mais nítido se forem analisadas as atividades que mais caíram em dezembro, afirma Nunes. 

No último mês do ano, os maiores recuos vieram dos artigos pessoal e doméstico (- 13,1%), dos móveis e eletrodomésticos (- 5,1%) e dos tecidos, vestuários e calçados (- 3,7%). Esses mesmos segmentos em novembro, durante a Black Friday, apresentaram alta, de 8,3%, 4,2% e 1,7, respectivamente.

Em relação aos setores que tiveram comportamento positivo, o destaque ficou com os livros, jornais, revistas e papelaria (5,7%) e combustíveis e lubrificantes (1,4%).

No acumulado do ano, o maior impacto pela alta de 2,3% veio do setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,8%). No sentido oposto, o maior impacto negativo veio dos combustíveis e lubrificantes, com recuo de 5%. ​Dos oito grupos que compõem o setor, apenas três avançaram no período.

Isso pode ser mais um sinal de que o varejo ainda não se recuperou da queda acumulada dos anos de 2015 e 2016.

"Há ainda um espaço de recuperação para chegar no ponto mais elevado. Na verdade, ele [o varejo] está a 7% do ponto mais elevado, que foi em outubro de 2014."


Atividades

Taxa de variação, no acumulado do ano Taxa de variação em dezembro, na relação com novembro
Combustíveis e lubrificantes - 5,0 1,4
Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumos 3,8 -0,3
Tecidos, vestuários e calçados -1,6 -3,7
Móveis e eletrodomésticos -1,3 -5,1
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos 5,9 0,4
Livros, jornais, revistas e papelaria -14,7 5,7
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação 0,1 -5,5
Outros artigos de uso pessoal e doméstico 7,6 -13,1

No varejo ampliado, segmento que engloba material de construção e veículos, as vendas recuaram 1,7% em dezembro, na relação com novembro. No acumulado do ano, contudo, o grupo avançou 5%, com o melhor patamar em seis anos.

Esse número de 2018 foi influenciado principalmente pelo avanço de 15,1% nas vendas de veículos e motos, partes e peças, única atividade a apresentar crescimento com mais de dois dígitos. Foi o melhor desempenho desse segmento desde 2007.

FONTE: UOL

Voltar