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20/09/2018 - Bancos zeram taxas para quem investe em Tesouro Direto e previdência

 Grandes bancos começaram a isentar de taxas quem faz investimentos em títulos do Tesouro Direto e outras opções de renda fixa, como já acontece com corretoras há alguns anos.

Desde junho deste ano, a Bradesco Corretora não cobra taxas de custódia ou negociação para quem quiser investir em títulos públicos ou títulos de renda fixa públicos e privados, como CRAs, CRIs, debêntures negociadas no mercado secundário e também para COEs (certificados de operações estruturadas). O banco também reduziu pela metade a taxa de custódia para investimentos em renda variável.

O Itaú Unibanco zerou a taxa para quem investe em títulos públicos e a taxa de custódia de papéis de renda fixa. “Essa taxa não estava mais fazendo sentido para o cliente”, afirmou Cláudio Sanches, diretor de Produtos de Investimentos e Previdência do Itaú Unibanco.

O Santander anunciou na quarta-feira (19) que vai estender a todos os clientes a isenção da taxa de corretagem para investimentos no Tesouro Direto. Os investidores cadastrados na Santander Corretora desde 12 de setembro já não pagam pelo serviço. Quem se cadastrou anteriormente a essa data terá a taxa zerada a partir de sexta-feira (21). 

Nesta quinta-feira (20), o Banco do Brasil informou que também vai zerar as taxas de custódia para quem aplica no Tesouro Direto e em papéis de renda fixa. As novas condições começam a valer a partir de sexta-feira (21) e valem para todos os clientes que possuem esses produtos, segundo o banco.

A Caixa foi consultada, mas não respondeu.

Educação financeira ajudou a questionar taxas

O interesse das pessoas em investir cresceu com a renda, entre os anos 2003 e 2013, e também com a crise, quando os brasileiros empregados começaram e se preocupar com o futuro.

Nesse período, muitas corretoras investiram em educação financeira e pautaram sua origem no tema para poder crescer, declarou Lucas Madaleno, planejador financeiro da LM Finanças Pessoais.

“A educação financeira cresceu muito nos últimos anos, e talvez esse movimento dos bancos não tenha acontecido antes porque as pessoas não se incomodavam em pagar taxas, porque não sabiam que poderiam não pagar. Elas não sabiam nem sequer o que eram essas taxas”, afirmou.

“Quando vem alguém dizendo que consegue não cobrar, há uma migração, e o banco começa a se movimentar para não perder recursos. E se a evasão é grande, ele tem de fazer algo para estancar isso”, disse Madaleno.

Concorrência de corretoras pressiona bancos

O crescimento das corretoras tem pressionado os grandes bancos, mas esse não foi o único motivo para as instituições zerarem taxas para alguns investimentos em renda fixa. A redução da taxa Selic, a taxa de juros básica da economia, que hoje está em 6,5%, é outro motivo.

Muitos investimentos de renda fixa têm sua rentabilidade pautada nessa taxa. “Há dois anos, a Selic era mais do que o dobro do que é hoje. Se eu cobro taxa para um investimento, a rentabilidade fica mais limitada. E quanto menor for a Selic, maior é a diferença dessa taxa na rentabilidade”, afirmou Madaleno.

Previdência privada também com menos taxa

Além das taxas para investimentos em renda fixa, as instituições estão mexendo nos custos de seus produtos de previdência privada.

O Itaú Unibanco zerou as taxas de carregamento na entrada, que ficava em torno de 0,4%. O banco já não cobrava taxa de saída.

O Santander tem feito uma grande campanha para anunciar a isenção do carregamento. O banco já não cobrava taxa de carregamento dos clientes do segmento Private Banking. Agora, a isenção é para todos os clientes.

Nesta quinta-feira, o Banco do Brasil informou que a taxa de carregamento para os clientes que investem em planos de previdência PGBL e VGBL também será zerada a partir de sexta (21), tanto para aplicações quanto para resgates. 

Em agosto, a Brasilprev, do Banco do Brasil, já havia lançado o Brasilprev Fácil, um plano sem taxa de carregamento na entrada e com taxa de administração mais competitiva do que o plano normal.

A Caixa Econômica Federal não cobra taxa de carregamento na entrada desde 2012. Na saída, a cobrança é feita para investimentos retirados até o 36° mês. Depois, não há cobrança.

Com isenções, bancos podem reter investidores

Segundo Madaleno, as iniciativas das instituições podem garantir uma retenção dos investimentos. “A expectativa para quem investe é boa, porque, se há vários players querendo meus recursos, eu tenho um poder de escolha maior”, disse.

“Mas as pessoas tendem a ser mais práticas. Parte dos recursos que estava indo para as corretoras vai ficar retida nos bancos onde as pessoas já têm conta. E quem estava com dúvidas sobre ir para uma corretora vai ficar no banco”, afirmou.

FONTE: UOL

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