03/12/2007 - Mercados: Bovespa teve quarta alta consecutiva; d?lar e DIs recuaram na sexta-feira
S?O PAULO - A ?ltima semana de novembro, que come?ou com forte pessimismo e elevada avers?o ao risco, terminou de forma positiva, principalmente para aqueles que investem na Bolsa de Valores de S?o Paulo (Bovespa). Com quatro altas seguidas, o indicador fechou a semana com valoriza??o de 3,34%. A recupera??o, no entanto, n?o foi suficiente para zerar as perdas do m?s, que ficaram em 3,5%, primeira desvaloriza??o mensal em tr?s meses.
A recupera??o foi global, com as bolsas na Europa e Estados Unidos sustentando os ganhos registrados desde ter?a-feira. O tom da semana come?ou a melhorar com as declara??es de membros do Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, sinalizando uma maior possibilidade de corte de juro.
A declara??o final, do presidente do Fed, Ben Bernanke, na quinta-feira ? noite refor?ou ainda mais as expectativas e abriu o caminho para maiores apostas nos ativos de risco.
A sexta-feira tamb?m concentrava as expectativas quanto ao desempenho das a??es da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMF) no seu preg?o de estr?ia na Bovespa. A demanda forte era algo j? esperado, com as estimativas apontando mais de 280 mil pessoas f?sicas participantes.
No entanto, a procura surpreendeu, pois o elevado n?mero de ordens no in?cio do dia causou lentid?o no Mega Bolsa, sistema eletr?nico da Bovespa, que ficou operando com baixa capacidade durante boa parte da manh?.
Em fun??o deste problema, os primeiros neg?cios com as a??es da estreante come?aram a ser registrados por volta das 12h10, com o papel cotado a R$ 25, avan?o de 25%.
No final do dia, foram registrados 58.313 neg?cios, e a a??o da BMF fechou a R$ 24,40, aumento de 22%. Na m?xima o papel foi negociado a R$ 26. O n?mero de neg?cios superou o registrado pela Bovespa Holding em seu preg?o de estr?ia, mas a valoriza??o ficou a desejar em compara??o com os mais de 50% apresentados pela BOVH3 no dia 26 de outubro.
A oferta foi um sucesso, isso ? ineg?vel, mas a cr?tica que surge ? por que limitar a participa??o da pessoa f?sica a no m?ximo 20% das a??es em um momento em que se busca criar a cultura de investimento em bolsa no Brasil. Outro ponto criticado ? a ado??o de medidas anti-flipper apenas para as pessoas f?sicas.
Esta elevada demanda aliada ? limita??o na aloca??o resultou em uma grande taxa de rateio. O investidor que cumpriu com as exig?ncias de " bom comportamento " , n?o vendendo a??es no primeiro dia de negocia??o de distribui??es anteriores, consegui apenas 91 a??es, ou seja, todo e qualquer pedido situado entre a faixa m?nima de R$ 5 mil e m?xima de R$ 300 mil, foi atendido em R$ 1.820.
Na Bovespa, o ?ndice encerrou a sexta-feira com acr?scimo de 1,37%, aos 63.006 pontos. O giro financeiro somou R$ 10,53 bilh?es. O n?mero de neg?cios foi recorde, superando 335 mil neg?cios.
O d?lar registrou nova sess?o de grande volatilidade e expressivo giro financeiro. A queda vista na parte da manh? foi atribu?da ? entrada de recursos para oferta da BMF e a revers?o das perdas ? tarde foi creditada ? forma??o da Ptax (m?dia das cota??es do d?lar apurada pelo Banco Central (BC) e ponderada pelo volume de neg?cios) que ser? utilizada para liquida??o dos contratos futuros de d?lar.
Depois de testar a m?nima de R$ 1,761, o d?lar comercial chegou ao final do preg?o negociado a R$ 1,792 na compra e R$ 1,794 na venda, leve avan?o de 0,05%. Na m?xima, bateu R$ 1,802.
Na roda de " pronto " da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMF), a moeda encerrou est?vel a R$ 1,793. Destaque para o volume financeiro de US$ 950,25 milh?es, quase tr?s maior que o registrado um dia antes. O giro interbanc?rio tamb?m ficou bem acima do normal, somando aproximadamente US$ 11 bilh?es, contra uma m?dia di?ria que oscilava entre US$ 2,5 bilh?es a US$ 5 bilh?es. Vale lembrar que, no in?cio da semana, os agentes reclamavam de falta de liquidez.
Os juros futuros mant?m a din?mica pr?pria de negocia??o, mas, na sexta-feira, operaram em linha com a valoriza??o na bolsa e a baixa no d?lar. O que pressiona as curvas segundo os analistas s?o as preocupa??es com a rela??o infla??o/demanda interna e a quest?o fiscal com o governo podendo registrar perda de receita (n?o aprova??o da CPMF) e aumento de gastos (US$ 10 bilh?es na cria??o de um fundo soberano).
Na BMF, o contrato de Dep?sito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2009, mais negociado, caiu 0,03 ponto percentual, a 11,63% anuais. Janeiro de 2010 registrou queda de 0,02 ponto, a 12,12% ao ano. Janeiro 2011 cedeu 0,10 ponto, para 12,33% e janeiro 2012 recuou 0,08 ponto percentual, indicando 12,37%.
Na ponta curta, janeiro de 2008 fechou com perda de 0,01 pontos, 11,13% ao ano. Abril de 2008 ficou est?vel, indicando 11,24% anuais. E Julho de 2008 fechou a 11,36%, aumento de 0,01 ponto.
At? as 16h15, antes do ajuste final de posi??es, foram negociados 862.890 contratos, equivalentes a R$ 77,19 bilh?es (US$ 43,11 bilh?es). O vencimento de janeiro de 2009 foi o mais negociado, com 199.095 contratos registrados, equivalentes a R$ 17,65 bilh?es (US$ 9,86 bilh?es).
FONTE:
Valor Online